Resenha: Floresta Sombria

Título: Floresta Sombria
Autor: Matt Haig
Editora: Galera Record
Ano de publicação: 2013
Páginas: 350

Nota: 3/5


Floresta Sombria, antes de qualquer coisa, é um livro divertido. A história é focada nos irmãos Blink, Samuel e Martha, que perdem os pais em um acidente de carro e são obrigados a se mudar para a longínqua Noruega e morar com a sua tia Eda, até então desconhecida. (Talvez você esteja se perguntando como um livro com esse mote pode ser divertido, mas a escrita do autor é muito leve e até mesmo nos momentos de tristeza e tensão ele consegue quebrar o clima pesado e fazer com que a história continue fluindo de modo descompromissado).
Bom, chegando à Noruega, Samuel e Martha ficam desconsolados por ter que viver naquele local frio e distante de tudo e todos que eles conhecem. A tia Eda, apesar dos esforços para fazer com que os sobrinhos se sintam bem, não consegue criar atrativos capazes de animar as crianças. Porém, apesar do aparente tédio que circunda a pequena vila norueguesa em que os Blink agora residem, monstros e problemas gigantescos se avizinham em uma floresta muito próxima à cidade. Essa floresta é conhecida pelos mitos que os moradores da vila contam: dizem que nela há trolls, bruxas, elfos e toda sorte de criaturas perigosas que odeiam humanos.
A família de Tia Eda foi muito marcada por essa floresta, pois o seu marido, Tio Henrick, foi uma de suas vítimas. Ele estava muito intrigado com o sumiço de suas cabras e, imaginando que alguma criatura da floresta as estava roubando, resolveu entrar nela para descobrir quem era o ladrão, porém desde que entrou naquele lugar ele nunca mais voltou. Desde então, tia Eda vive sozinha, apenas com o cachorro que adotou, Ibsen, e agora com os seus sobrinhos que vieram de tão longe.
Com o desenrolar da história, os nossos protagonistas adentram a floresta (se eu falar como, será spoiler) e lá encontram um mundo assustador cheio de coisas e criaturas incríveis: trolls, pixies da verdade, bruxas, huldres, slemps, entre outros. 
No entanto, eles descobrem que aquele local nem sempre fora terrível assim, mas por causa do Transformador (é como o ditador da floresta, que controla e subjuga todos os outros habitantes, se autodenomina), tudo que era belo foi transformado em caos. Sabendo disso, os Blink se unem e partem numa jornada para salvar as próprias vidas e devolver a paz para a Floresta.
No geral, é um livro para crianças e pré-adolescentes que estão começando a despertar o gosto pela leitura. Matt Haig escreve de forma cativante e criativa, conversando a todo tempo com o leitor e até mesmo interrompendo o fluxo narrativo duas vezes para comentar acontecimentos passados que importam para a construção da história. Se eu tivesse lido esse livro com 13 anos de idade ou menos, sem dúvida seria um dos meus favoritos para toda a vida, por isso eu certamente farei o meu filho lê-lo (sabe Deus quando ele irá nascer).

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