Cartas literárias #1: Noites Brancas - Dostoiévski

Luziânia - Goiás, 20 de abril de 2018

E aí, meu bom!

Terminei a leitura do livro do Dosto e fiquei bastante surpreso ao ver que ele também escreveu obras românticas. Essa história em si tem muito do romantismo, principalmente a postura do protagonista em idealizar a vida e o amor, assim como estabelecer uma postura de rivalidade entre o 'eu' e o mundo. O personagem se coloca como alguém que não se encaixa na realidade, que não vê sentido na vida cotidiana e simplória das pessoas normais. Aqui a gente também consegue ver a 'síndrome do gênio incompreendido', outra grande característica do romantismo literário.

Sabe, mano, eu fiquei pensando muito nisso e cheguei a conclusão de que sou mais romântico do que gostaria... Tenho muito dessa tendência de achar a realidade corrosiva e patética, por isso vivo me perdendo em sonhos e outras formas de fugir desse mundo, sendo a literatura a principal delas. Isso por um lado é bom, mas por outro me impede de existir na vida real, saca? Eu tenho muita preguiça do mundo, mano, parece que eu funciono em uma frequência diferente. Já melhorei muito e hoje em dia consigo socializar muito mais, mas ainda sinto essa estranheza quando tenho que lidar com pessoas que não conheço ou quando preciso ficar no meio de uma multidão.

Bom, mano, é isso. Ainda tô decidindo qual vai ser a minha próxima leitura, se tiver alguma indicação eu tô aceitando.

Abraços!

Cordialmente,
Jessé.

Comentários

  1. Olá! Nos últimos dias tenho lido alguns post por aqui e gostei bastante da forma informal que você escreve.

    Parece que temos um introvertido do outro lado da tela.

    Já leu a pequena novela "A dócil" do Dosto? Deixo de recomendação.

    Acompanhando...

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    Respostas
    1. Olá, Kelly!

      Muito obrigado por acompanhar o blog! Espero que continue gostando do pouco conteúdo que posto aqui...

      Realmente sou bastante introvertido, as vezes acho que vivo em outra dimensão e só fico aqui nesse planeta de corpo presente, haha, mas é isso.

      Muito obrigado pela recomendação, se é do Dosto, certamente é bom. Vou colocar na minha lista de leituras futuras.

      Abraço!

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  2. "Quando chego em cima, sempre me encontro só. Ninguém me fala; o frio da soledade faz-me tiritar. Que é que quero, então, nas alturas?"

    Teus amores não são vãos... Conserva em ti o seu nojo pelo que é patético, conserva em ti a verdade que apenas tu podes vivenciar! Que a podridão exista, para que não exista em nós... Que o que corroí percorra a si mesmo, que o próprio patético experimente a sua dose diária, entretanto, que o amor não seja vão. Foge e transborda, meu amigo! Foge e transborda, e faz queimar todo esse mundo que te cerca. Tu é mais! Tu é demais para tudo o que te cerca... A proposito... Somos...

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